Carnaval - amo e odeio

Foliões reproduzem a cena tão comentada de Paola Oliveira



Eu amo ver a criatividade do povo, inventando mil fantasias inimagináveis, o bom humor, a alegria; eu amo ver todos brincando uns com os outros, respeitando o espaço, se comunicando; eu amo ver familias inteiras subindo e descendo pelas ruas, dançando, esquecendo de seus problemas; Eu amo ver uma multidão unida em uma escola de samba, por amor à sua escola; eu amo ver o maior espetáculo da terra, milhares de pessoas fantasiadas, carros belíssimos, magnifico espetáculo; eu amo ver os diversos ritmos brasileiros, as tradições.






Eu odeio ver as mulheres inflando seus corpos, colocando silicone, botox, gel de não sei o que, fazendo escândalos, vendendo a alma ao diabo para ver quem é que vai aparecer mais no carnaval; eu odeio que a nudez feminina seja a marca mais forte do carnaval, não por falso moralismo, carolice, ou seja lá o que as feministas radicais gostam de falar, mas por que a nudez da mulher ainda está relacionada a uma imagem negativa, à ideia de prostituição, turismo sexual, e coisas desse tipo; como sempre há vários tipos de viés para se considerar a liberdade individual, e esse tema é complexo, limito-me a dizer que não gosto que a minha imagem ou a da mulher brasileira seja relacionada à prostituição e ao turismo sexual. Odeio o comércio que o carnaval se tornou, fortunas por abadás, fortunas correndo pelas escolas de samba, onde todos se confraternizam no mesmo camarote, politicos, celebridades e bandidos; Odeio como a maioria das pessoas agem, terminam namoro, enganam os parceiros, tem como meta beijar e/ou transar com o maior número de parceiros que puder, afinal de contas, é carnaval. Esse comportamento pode até ser compreensível entre os adolescentes e jovens, mas muitos  o levam para toda a sua vida. Odeio a intoxicação de álcool e drogas que geralmente acontece. Odeio que para a maioria, o foco principal sejam esses pontos negativos.





No Brasil parece um pecado mortal dizer não gostar de carnaval e futebol, mas estamos em nosso direito de não gostar tanto e de todos os aspectos. Cada um na sua, e que cada um curta  o seu carnaval sem culpa na consciência.

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